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Amar tem limites
       Você é capaz de amar incondicionalmente?
       Se sua forma de amar é se doar de forma exclusiva a alguém que sequer avalia seus sentimentos, é bom parar, refletir, e tentar aprender com quem criou e com quem entregou a vida por amor. Ele vai te ensinar que quem ama é ciumento e exigente: (“... Não se proste diante de outro deus, porque Javé é ciumento: ele é um Deus ciumento. ...”, Ex 34:14 ...) e não abre mão da fidelidade; reclamações então... nem murmúrios!  (Nm 21:4-6); exige glória, mesmo quando parece está dando migalhas. É como se o ar e os poucos grãos, já fossem o bastante. Mesmo amando muito seus filhos, quando estes, em sofrimentos, lhe pedem para aliviar suas dores, Ele não se joga, na pressa do livramento. Foi assim em todo o Êxodo. Quando Paulo, sob espancamentos, lhe pediu por três vezes para que o livrasse do que ele chamou de espinho na carne, quem mais o amava disse: “Para você basta a minha graça” (2 Co 12:9...). Isso mostra que, amar não é isentar o outro de retribuição. Se a quem ama cabe dar amor, a quem é amado cabe mostrar que merece o amor recebido. Se o amor fosse algo incondicional, Deus não teria feito cair o anjo rebelde com sua corja. O apanhar e oferecer a outra face é apenas, para quando for necessário fazer refletir e surpreender o agressor.
        O Filho, quando veio nos visitar, trouxe as regras da justiça e da harmonia para a boa convivência, e com o segundo mandamento, ensinou a amar, mas não deixou de alertar que, primeiro deve ter amor próprio: “ame ao seu próximo como a si mesmo” (Mt 22:37-40); ensinando assim que, quem se ama, não pode amar qualquer coisa, nem de qualquer jeito. Portanto, ame à medida que for amado(a) e doe-se à medida que receber. Com certeza, irá descobrir que apesar de tudo, mesmo entre espinhos, a vida tem favos ainda com mel, para vigorar teu corpo e alma, e te ensinar as várias formas de conjugar o verbo amar.
         Amar não é se dissolver para matar a sede do que chega com o: “ô de casa!” e vai-se deixando rastros indesejáveis.

         A versão original do amor é outra, é condicional e depende do SE: “... Purifiquem-se... Então venham e discutiremos. Ainda que seus pecados sejam vermelhos como púrpuras, ... SEEE vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os frutos da terra; mas, SE vocês recusam e se revoltam, serão devorados pela espada.” (Is 1:16 ...).
Fora do SE, são adereços e variações acrescidas para favorecer a instintos que só aprenderam manipular.
                  

                  
Josué Firmino
Enviado por Josué Firmino em 04/11/2011
Alterado em 30/10/2024


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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr