Crer ou não crer?
Crer ou não crer?
Como nas teorias de vida, também na religião, corremos o risco de ficar “... pra cá e pra lá por qualquer vento de doutrina” (Efésios 4:14), quando nos envolvemos em alguns “ensinamentos”, e esquecemos de voltar aos pontos que dão origens às vontades d’Aquele que criou a vida. Quando se sentir confuso em meio a tantos “mestres” dizendo serem iluminados pelo Espírito de Deus e, atribuindo tudo que não nos parece bom, ao diabo, volte aos pontos de origens. Comece refletindo:
- Se a base e estrutura de uma família é o amor e o acolhimento, por que Abraão enxota seu filho Ismael com Agar, e os seis filhos seus com Cetura (Quetura) para que só Isaac fosse seu herdeiro? (Gn 16:11-16; 17:18 e 19; 25:17; 21:11-14; 25:1-6).
- Se o tempero da paz é o amor à vida, por que o próprio Criador cria em um só ventre, duas nações e determina que uma irá ser contra a outra? (Gn 25:19-26; Rm 9:11-17).
- Por que determinar filhos à escravidão sem que ainda tivessem cometido nenhum mal? (Gn 15:13).
- Por que endurecer tantas vezes o coração do Faraó após ele concordar com as propostas de Moisés (Ex 4:21...)?
São apenas alguns pontos, mas há outros tantos, principalmente os para se cumprir: Mt 1:22,23; 2:5,14,15,17,18,23; 3:12,15; 8:16,17; 11:10,21; 12:17,18; 13:13-15,34,35; 18:6-8; 21:3-5; 23:13-29; 26:24,31,53-56; 27:8,9,37,38. Em Lc 3:4; 4:18,21; 10:13,15; 11:42-44,46,47; 21:20-24; 22:35-38; 24:40-47. Em Jo 2:14-17; 12:37-40; 13:2,18; 15:24,25; 16:12; 18:31,32; 19:36,37.
Tentar entender o homem a partir do próprio homem não é muito racional; mas, ao tentar entender como o cérebro humano tende seguir rumos de terceiros que se dizem enviados para conduzi-los, é aconselhável buscar entender quais são as vontades de quem os criou. E entender as vontades d’Ele é matutar sobre os pontos chave da sua História.
Cristo nasceu desabrigado, filho de carpinteiro, não frequentou escolas, morreu crucificado entre dois ladrões e hoje Ele é o nosso Salvador e Rei do mundo. E não poderia ser em época nem lugar diferentes; foi assim porque Deus havia escrito. Também devemos entender que por mais insignificante que pareça ser a nossa missão, ela tem um valor específico para Deus; pois as cenas históricas não precisam só de protagonistas, mas de um grande número de anônimos e figurantes, uns representando o bem, e outros, o mal. Aparentemente o cego não tinha nenhum papel a cumprir, mas veio para encenar o que havia prescrito (Jo 9:1-13): ... “Mestre, quem foi que pecou, para que ele nascesse assim”? E Cristo responde: “Nem ele nem seus pais, mas ele é cego para que nele se manifestem as obras de Deus, ...”
As cenas para as quais o Filho madrugava e se isolava para recebê-las até a crucificação, mostram a vontade do Pai (Mt 26:53,54). Foi Ele, o Pai, que determinou o ano, o dia e a hora para a crucificação do Filho, providenciando as personagens como: governadores, anciãos, doutores da Lei, chicoteadores, Barrabás, os dois ladrões e os figurantes defensores e acusadores pronunciando: herege! Herege!
É aconselhável a você que tem sede de nutrição espiritual, buscar entender que é capaz de compreender as vontades de Deus e merecedor da sua graça. Não passe para outros a responsabilidade de te conduzir, correndo o risco de ter como seu guia, alguém que Deus já pode ter tirado dele sua graça. Quando eles dizem que você, por si só, não é capaz de entender os ensinamentos da escritura, em parte estão certos, pois te indicam ler, edições arcaicas que não te permitem uma leitura corrente.
Estamos rodeados de “guias” e “instrutores”, tentado nos fazer crer que são dotados da graça divina; na verdade, o que eles mais temem é que deixemos de ser escravos das igrejas e nos libertemos para Cristo; pois o que eles mais amam, é encher os cofres e as contas com o que sugam dos inocentes.
Josué Firmino
Enviado por Josué Firmino em 14/08/2011
Alterado em 13/11/2024